domingo, 9 de março de 2008

Nenhum lugar exacto

Em que esquina combinas dia-tal-às-tantas-horas, perguntas. E respondes, pela mesma mão esquerda (o lado do coração), que as esquinas são quase todas iguais – caminhos de trabalho, rastilhos de desejo, uma peça perdida do puzzle do acaso, um mapa de olhos fechados. Basta pensar nas ruas como se fossem veias, dizes, costurando um espaço em branco, uma esquina com nomes ainda por inventar. Artérias, não dizemos as artérias da cidade?

1 comentário:

Anónimo disse...

É de elementar justiça dizer que este post é de uma beleza extraordinária. Muito obrigado.