terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Era uma vez uma ervilha...


Era uma vez uma ervilha que saiu da casca para vestir príncipes e princesas. Este Inverno inventou originais modelos com muitas cores, além do verde: vestidos de fazenda, casacos de lã, calções, túnicas de veludo, saias rodadas, meias e pijamas. E porque esta ervilha não quer tirar o sono, também tem mobiliário para quarto como berços e camas, fofos édredons em patchwork e mantas de lã para embalarem sonhos.

Verde Ervilha
Rua Tenente Ferreira Durão, 48 A 1350-317 Lisboa
T. 213 867 141
www.verdeervilha.com
Seg. > Sex: 11h > 19h, Sáb: 10h > 13h

O que vai ela vestir amanhã?


Na Sax as mulheres improvisam a vida, numa dança dos opostos entre a luz do dia e o mistério da noite. Um dia, decidem sair da casca e vestem o vestido preto com um pintainho. Noutro, apetece-lhes jantar sushi e escolhem o vestido amarelo com botões pretos. Numa manhã de Inverno, vestem a gabardine com bolinhas vermelhas e sacodem da sua vida as gotas de chuva e a monotonia. Numa noite de festa, são o centro das atenções com a sua mala original de pele prateada e dourada, que esconde uma vida interior no forro de leopardo. No fim-de-semana, decidem ser românticas e hesitam entre o vestido com flores de crochet e a camisa de veludo com folhos. E assim atravessam os dias do calendário, sem que ninguém saiba o que vão vestir amanhã.

Sax
Rua Coelho da Rocha, 25C 1250-087 Lisboa
Tlm. 919 880 701 sax.atelier@gmail.com
Seg > Sáb: 10h > 19h

Sonhos de uma casa no Inverno


Os tecidos tocam-se com os olhos ou vêem-se com as mãos? Escolhem-se por catálogo ou levam-se por impulso? São medidos em metros de sonho ou de quotidiano? Seja qual for a resposta, neste emblemático espaço do bairro que atrai compradores de toda a cidade, de todo o país e até de países distantes, os rolos de tecido expostos dão mesmo vontade de levar para casa. Aqui encontra sonhos projectados em tecido, vindos dos quatro cantos do mundo para os quatro cantos da casa. São organzas turcas, sedas indianas, linhos ingleses, estampados franceses, tecidos artesanais do Brasil, Grécia e Marrocos e ainda chintz, veludos e damascos. Ao todo, há mais de 3 mil tecidos, com cores e formas inimagináveis, como padrões de zebra, leopardo e tigre, cafeteiras de café, notas musicais, Vespas e Minis, notícias de jornal, banda desenhada, cães de caça, ícones da cultura pop, caracteres orientais, máscaras africanas, cornucópias multicolores, flores douradas, animais de estimação, monumentos históricos, golfe e hipismo, parafusos e pétalas de rosa, cogumelos e marisco, riscas e bolas. É um mundo de possibilidades para vestir de novo as janelas, os sofás, as bergeres, as camas, as chaise-longue, as almofadas e os abat-jours e recriar a personalidade da casa. No Vidal Tecidos, a Vidal Home tem cortinados, mantas ou almofadas já criados em medidas standard. Mas para quem gosta de ter peças únicas no mundo, o Vidal Atelier confecciona cortinas, camilhas, sofás, bergeres, cadeirões, puffs, cabeceiras de cama em duas semanas, resultando numa peça original e manufacturada segundo os mais elevados padrões de qualidade. E para os gostos mais exigentes e requintados, a Vidal Prestige tem uma colecção composta por tecidos das mais prestigiadas marcas do mundo da decoração: Hôgaris, Anne & Robert Swaffer, Accademia Tessile, Kobe ou Tormo & Designers e ainda Benetton, Adolfo Dominguez Casa e Disney Home, três referências no mundo da moda que também se dedicam à decoração. Seja qual for o seu sonho de decoração, ao entrar por esta porta é provável que saia daqui com uma casa nova.

Vidal Tecidos
Rua Saraiva de Carvalho, 356 B e D 1350 – 304 Lisboa
T: 213 931 411
Seg > Sáb: 9h > 19h
www.vidaltecidos.pt

De olhos em bico e pauzinhos na mão


São dezenas de combinações de massa grossa, fina e vegetariana com galinha, camarão, pimentos, rebentos de soja e gengibre. Um menu de sushi com katsu de galinha, maki vegetariano e sashimi de salmão entre muitos outros. E ainda originais pratos de caril e de arroz, cozinhados com milho, salmão, côco, bambu, pepino ou frutos do mar. É um mundo de receitas orientais, na sua versão ocidentalizada, para alimentar o gosto pelo exótico e deliciar a alma.

Nood
Rua Ferreira Borges, 96C 1350 Lisboa
T. 213 879 529
Todos os dias, das 12h > 23h

A casa das palavras



Nesta casa feita de palavras, os escritores e os livros encontram-se mesmo sem terem combinado. “A Viagem do Elefante” de José Saramago cruza-se no corredor com “Pela Estrada Fora” de Jack Kerouac e os poemas de Herberto Helder, Leonard Cohen e Sylvia Plath falam em silêncio à volta da mesa. As “Peças de Teatro Escolhidas” de Ibsen e “O Mecador de Veneza” de Shakespeare ensaiam um diálogo no sofá e Alice, Emma Bovary e Dorian Gray saltam dos livros para a vida. Os livros de street art e graffitis decoram as montras, enquanto Óscar Niemeyer constrói a cidade do futuro. Os livros de Man Ray, Paula Rego e Leonardo da Vinci são vistos ao lado da biografia de Marlon Brando e do catálogo de Manoel de Oliveira. O “Grande Livro do Cão” e “O Pequeno Livro dos Gatos” passeiam pacificamente numa prateleira enquanto Jamie Olivier regressa à cozinha para experimentar novos pratos. Na secção infantil, os robots escutam com atenção as Fábulas de La Fontaine e as aventuras do Homem-Aranha. De vez em quando, ouve-se o barulho do virar das páginas, como se todos os livros tivessem vida nesta casa. Ou não fosse “Books and Living” a assinatura da Bulhosa.

Bulhosa
Rua Tomás da Anunciação, 68 B 1350-330 Lisboa
T. 213 839 000 Seg > Sáb, 10h às 22h e Dom:10h > 18h

Pimenta na língua


Nesta mercearia fina a pimenta é rosa, o chá é verde, as compotas são laranja e o mel é dourado. Mas todos os produtos que habitam as prateleiras são genuínos sabores portugueses, como caixas de chocolates e rebuçados, frascos de compotas e frutos em calda, garrafas de vinho, licores e azeite, conservas de atum, pacotes de biscoitos caseiros e embalagens de chá e café. E se quiser, esta casa portuguesa, com certeza, vai até sua casa criar ambientes, servir jantares e até pôr a mesa.


Pimenta Rosa
Rua Almeida e Sousa, 48 B 1350 Lisboa
T: 213 889 430 Seg > Sáb: 10h > 20h
www.pimentarosa.pt

Quantos sonhos guardam as mãos?


Na Beads todos os seus sonhos ganham forma com as contas de feltro, metal, vidro, madeira, cerâmica ou osso e ainda cordões, fios, arames, fechos e terminais. Atraídas pelo fio da imaginação, levam o coração na mão esquerda pousado num anel e colhem uma flor na pulseira da mão direita. Trazem um pássaro à volta do pescoço, esvoaçando num colar e libertam uma borboleta que deixa cair um segredo num brinco.

Beads
Rua 4 de Infantaria, 30 B 1350-122 Lisboa
T. /F. 213 888 089 www.beads.pt
Seg > Sáb: 10h > 19h

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O bairro que é uma cidade

É o bairro que nos habita ou somos nós que o habitamos? Neste bairro que é uma cidade em todos os sentidos, a rua principal é sempre ao virar da esquina. Em Campo de Ourique há 1,63 km2 de compras que dão vontade de inventar pés e partir à descoberta das lojas onde o Inverno se veste, almoça, compra livros, toma café, decora a casa e sonha. Os presentes originais fazem o coração flutuar e os embrulhos têm a forma de um abraço. Nas casas com cachet, que as imobiliárias do bairro conhecem como ninguém, a luz bate à porta. No Jardim da Parada apetece falar com as árvores centenárias e explicar-lhes que as pessoas também têm raízes. No parque infantil o vento sacode o riso das crianças entre as árvores que sossegam a pressa da cidade. As livrarias convidam a passear entre as estantes e conversar com os escritores e com os livros, esquecendo o mundo lá fora. Uma mão cheia de galerias de arte contemporânea desafia o olhar subjectivo. As esquinas do bairro marcam os mais imprevisíveis encontros e a única idade das ruas é o agora. Nos cafés e esplanadas, os poemas e conversas, e-mails e chats acabam em segredo. Neste bairro embrulhado em papel pelo Campo de Ourique Shopping, as 588 moradas úteis revelam espaços que assim abandonam a sua transparência e dão um sentido especial à vida.

As setas que indicam por onde ir também acertam no coração. Por onde vamos? Apetece não acrescentar a última frase e deixar outras mãos escrevê-la.